MARINA GENTILE
Marina Gentile nasceu
em 1958. Seu nome de nascimento é Marina Moreno
Leite, tem cidadania brasileira e espanhola. Uma de
suas bisavós era cigana, da região de Cáceres (Extremadura –
Espanha). Os outros membros da família eram de Andaluzia
(Málaga). Descendência paterna radicada em Minas Gerais.
Em 1978 “como
turista “ veio conhecer a Bahia, retornando
posteriormente para fixar residência, constituir família. Na
década de 90, embora tenha sentido o desejo de partir, optou
por ficar.
A partir
de 2003 aprendeu a navegar na internet. Além de
pesquisas, encontrou a forma de publicar seus textos, através
de antologias. Iniciou participando da CBJE (cerca de 40
publicações) entre contos e poesias. Na “Literarte” participou com
obras infantis, traduzidas para o francês, inglês, Braille. Na Literarte participa
também do livro “Raízes – Brasil-Angola”, com autores africanos e
brasileiros. Participou do livro “Traços & Compassos”,
organizado por Miriam de Sales (Ed.Pimenta Malagueta).
A forma
dela se expressar é objetiva e simples. Contém elementos de cunho
social, a exemplo da poesia “Trabalhador braçal das obras” e “
Apenas mais um”. Escreve sobre a saudades, por influência da
condição de imigração e emigração, que perdura desde o século XIX em
sua família. Aborda o amor sublime, destacando o conto “A
moça das flores e o tropeiro”, O farolete de João Moreno e a
poesia “Nos braços do papai”.
Marina por Marina. Uma
amadora, alguém que gosta de escrever.
TRABALHADOR BRAÇAL
Sou um trabalhador braçal,
Das mãos calejadas,
Corpo empoeirado, suado,
Por não ter estudo, faço de tudo.
Preparo a massa, o traço,
Amarro o estribo com arame recozido.
Preparo as colunas para o concreto,
Corto e moldo ferro.
Sou o ajudante, pião auxiliar,
Da arte da laje armar,
Preparo as estroncas,
Do escorar.
Das mãos calejadas,
Corpo empoeirado, suado,
Por não ter estudo, faço de tudo.
Preparo a massa, o traço,
Amarro o estribo com arame recozido.
Preparo as colunas para o concreto,
Corto e moldo ferro.
Sou o ajudante, pião auxiliar,
Da arte da laje armar,
Preparo as estroncas,
Do escorar.
Carrinhos de areia, pedras, cimento,
Transporto e arrumo tudo no lugar,
Blocos, pisos, revestimentos,
Muita cautela para não quebrar.
Sou a força bruta das obras,
Vítima frequente de acidente,
Sou o pião do mandado,
Nem sempre valorizado...
Transporto e arrumo tudo no lugar,
Blocos, pisos, revestimentos,
Muita cautela para não quebrar.
Sou a força bruta das obras,
Vítima frequente de acidente,
Sou o pião do mandado,
Nem sempre valorizado...
Oh
trabalhinho duro!
O Gentile no nome Marina não é apenas sobrenome.Marina nos encanta com sua gentileza,seu talento e sensibilidade.
MÁRIO SÉRGIO DE SOUZA ANDRADE
Nascido em Santos, na adolescência
participei de diversos grupos literários e teatro, como o Grupo Picaré de
Poesia, que iniciou o movimento alternativo poético, como a poesia itinerante,
varal de poesia, jogral poético, poesia e choro, arte na garganta, etc....
Filho do poeta e cronista Narciso de
Andrade, autor do livro Poesia Sempre, falecido em 2007.
Não tenho livros editados, apenas
participo de um site onde insiro meus escritos.
PARA DEGUSTAR:UM PEDACINHO DO TEXTO “LUXÚRIA”
QUE SERÁ PUBLICADO NA SELETA:
Seis da manhã, ele abre
a porta da sala, com cheiro de saliva de puta na roupa, batom na cueca e cara
de quem não dorme há um mês. Antes de dar bom dia para Dani ele saca da
geladeira um generoso pedaço de presunto gordo, começando a comer pela beirada
carregada de gordura. Refastelado de sexo e comida olha para a mulher e sente
vontade de fazer amor. Ela estava mais bonita do que na noite passada, a cara
lavada com água de arroz, creme para varizes na perna (que deixavam suas coxas
ainda mais brilhantes), uma pequena verruga no canto esquerdo do lábio, e o
olhar, aquele olhar que desmantelava a ossada do velho de guerra. Era em cima
da mesa da cozinha, no corredor do quarto dos rebentos, sobre o carpete puído,
culminando na cama coberta de marcas de dias e noites sem fim.
MÁRIO SÉRGIO DE SOUZA ANDRADE,SUA PARTICIPAÇÃO ME DEIXA MUITO FELIZ.
MIRANDI OLIVEIRA
MIRANDI OLIVEIRA
Mirandí Alves Pereira
Oliveira nasceu na cidade de Ibitiara, estado da Bahia, em 07 de julho de 1973.
Graduada em
Secretariado Executivo pela Universidade Católica do Salvado – UCSal - e pós-graduada em orientação educacional e
coordenação pedagógica pela UNIFAS -
Universidade Salvador.
Escreveu um pequeno
conto “A Mulher de Branco” para participar do Projeto Revelando os Brasis IV e
foi selecionada, produziu um filme com esta ficção, um curta metragem. É autora
também de “O assobio em Ibitiara”, o qual foi selecionado para fazer parte de
uma coletânea de contos livro a ser lançado pela editora CBJE .
E agora, participa
desta seleção com o poema ”Ser Humano Ser Pecador”.
DEGUSTAÇÃO:TRECHO DO POEMA QUE PARTICIPARÁ DESTA SELETA:
A vontade de vingança
Acumula totalmente
A GULA se torna pequenina
Porque vem sendo
substituída aos poucos
Pela VAIDADE, preocupação excessiva
Com a admiração dos
outros...
MIRANDI OLIVEIRA,QUE TROUXE SUA ALEGRIA E TALENTO PARA NOSSA SELETA,BEM BINDA!
MIRANDI OLIVEIRA,QUE TROUXE SUA ALEGRIA E TALENTO PARA NOSSA SELETA,BEM BINDA!
Biografia
O
Professor da rede pública municipal Pablo Rios nasceu em 1983 em Jacobina – BA
e reside de desde pequeno na pequena cidade e São José do Jacuípe – BA.
Formou-se em Letras. Escreve poemas desde os 15 anos de idade. Também é autor
de contos, Crônicas e romances. Participou da Antologia Novos Poetas, Prêmio
Sarau Brasil – 2012 e lançou pela editora ADOS o livro religioso O Publicano e
o Sepulcro Vazio.
PARA DEGUSTAR: UM PEQUENO TRECHO DO CONTO DE PABLO RIOS ,"DEPOIS,UM CIGARRO..."
Seus
hábitos eram comuns diante de todos. Dormia de manhã, até pouco depois de meio
dia. Separava a tarde para seu lazer e estudo quando aparecia algum concurso
que o interessava e trabalhava à noite, das 21:00 às 05:00. Seus hábitos
secretos eram o reflexo de sua curiosidade para com o sexo. Masturbava-se
diariamente e após isso sempre sentia-se um lixo, como é comum acontecer.
Colecionava revistas e DVD’s de pornográficos além de ter seu computador
abarrotado de vídeos baixados de sites do mesmo gênero. Não podia ver uma
menina bonita que já pensava em homenageá-la com seus jogos sexuais solitários
e os mais imorais pensamentos. Para essa finalidade possuía um caderninho onde
listava nomes de amigas, famosas e referências a anônimas que via pelas ruas.
Cada vez que uma delas era o objeto de sua luxúria, recebia um traço riscado na
frente do nome. Tinha suas favoritas. Fazia questão de lavar os próprios
lençóis e cobertores, para não passar pelo constrangimento de sua mãe ou irmãs
sujarem as mãos com os resquícios de seus hábitos.
Em uma
madrugada que foi escalado para vigiar sozinho o depósito de uma das lojas,
viu-se cercado de manequins masculinos e femininos e num átimo arquitetou o que
faria durante toda a madrugada. Do bolso, tirou um preservativo. Sempre tinha
um na esperança de encontrar quem lhe deflorasse...
PABLO RIOS,O OBJETIVO DESTA SELETA É ,TAMBÉM,DIVULGAR NOVOS AUTORES.
SEJA BEM VINDO!
RENATA RIMET
RENATA RIMET
Renata Rimet é Administradora
de Recursos Humanos , Licenciada em Letras , publicou o livro Um Pouquinho (2009),
foi menção honrosa com o texto Lama em 2010 no prêmio literário Valdeck Almeida
de Jesus, participa de coletâneas diversas, tendo sido destaque entre os
melhores contos e poesias, publicadas pela Câmara Brasileira de Jovens
Escritores nos anos de 2010 e 2012.
UM POEMA DE RENATA
ROGÉRIO
BATISTA
Rogério Batista nasceu em 09 de julho
de 1971 em Salvador-Ba, com um trabalho artístico
que por vezes é Caótico, dinâmico, sutil ou alienado. Passeia do desenho a
fotografia, da escultura a pintura, da poesia aos contos.
Tudo
aconteceu quando começou a brincar com as cores a partir dos 6 anos(...)
em desenho e pinturas usando paredes e móveis como veículo de expressão.Com
uma forte personalidade e a mente aberta a novas experimentações, contando com
uma grande criatividade em ascensão, foi seguindo...Na década de 80 retorna
as pinturas, que resulta somente em algumas poucas telas perdidas e recicladas
por ai.
Em 2007 retorna com
desenhos de esferográficas sobre tela. Antes do fim do ano descobre a Action
Painting, faz algumas exposições. Mas é em 2008 ao achar cadernos com alguns
escritos da sua adolescência, que realmente se encontra nos versos e poesias. Começa então a escrever
compulsivamente contos, poesias, versos, frases e tudo mais que vem a cabeça. Após
este ano vêm dando muito mais atenção as letras desde então.
UM POEMA DE ROGÉRIO BATISTA
Massa de Farinha
Sentado na arvore do quintal,
Olhando pela janela percebo,
Uma cozinha a brilhar,
Um bolo a esfriar, soltando poesias no
ar:
Liberte-me,
Toma-me,
Coma-me por inteiro.
ROGÉRIO,NOSSA SELETA LHE RECEBE DE BRAÇOS ABERTOS
BEM VINDO!
SANDRA CANASSA
SANDRA APARECIDA CANASSA DE BRITO
Natural de Araçatuba-sp. Viveu sua infância e adolescência em Foz do
Iguaçu –PR,já no colegial,ensaiava seus primeiros passos na poesia,estreou como
colunista social no Jornal Hoje em 1986,e na página da mulher com artigos
referente ao universo feminino.De lá para cá nunca mais parou de escrever.
Estudou estilismo e Psicologia na Faculdade ciências e Letras
Tuiuti.Curitiba, e hoje vive em Goiânia-Go há 20 anos, dona de confecção
voltada para festas.
Casada com José Augusto de Brito há 36 anos, mãe de três filhos: Lara
Andressa, mariana Graciela e Bernardo Augusto de Brito, avó de dois netos,
Heitor e Luiza.
Sempre brincou com escritos e palavras, fazendo disso não uma profissão,
mas, sim uma dádiva para a alma. Nunca teve pretensão de ser poeta,mas,sua
sensibilidade falou mais alto e já tem mais de 500
poemas,crônicas,acrósticos,poemetos e sonetos escritos.Faz disso sua válvula de
escape .A pedido de amigos,escreveu um soneto aqui,um poemeto ali,fez algumas
homenagens e assim começou sua vida literária
.Já participou de três antologias:Mares
Diversos ,mar de versos pela Editora Pensata.
Semeando Cultura,pela Editora Moriá.
Traços & Compassos pela Editora Pimenta Malagueta.
Contato: sandracanassa@hotmail.com
UM TEXTO ESPECIAL DE SANDRA CANASSA
Era uma noite quente de dezembro, em uma cadeira do
imenso salão decorado em branco e preto, estava sentada ereta uma velha
senhora.
Longos cabelos louros, bem tratados, adornava um rosto
afilado, de nariz adunco, lábios em riste e atrás dos óculos de marca, pequenos
olhos perscrutavam ligeiros os pares que dançavam em esfuziante bailado.
Pensava pesarosa em sua história de vida. Lá pelos
idos de 1972, a mocinha, era quase bonita, esguia, altiva, de família
tradicional da cidade de Flamboyant, pequena cidade ao norte do Paraná, mas,
tinha um serio e grave problema comportamental: tinha uma inveja doentia de
tudo e de todos. Da beleza das casas, da singeleza das meninas, do colorido das
vestes.
De todas as jovens da cidade, ela contava uma
história, principalmente das mais bonitas e cobiçadas pelos rapazes. Era uma
inveja ferrenha.
Não tinha amigas, era solitária em seu viver. No
colégio na hora do lanche, ela dava sempre um jeito de se aproximar de algum
grupo e destilava seu veneno, era encruado em suas entranhas. E como uma
serpente e de forma mais peçonhenta, dava seu bote.
Tá vendo a Soninha? É uma verdadeira vadia, deita-se
com todos os homens da cidade, não presta, não vale um track.
E a Suzana então? É filha da lavadeira, lá da baixada,
não tem um gato para pegar pelo rabo, a coitada.
Todas as pessoas da sociedade, cidade pequena, a
evitavam, pois sabia que de sua bocarra nada saia de construtivo.
E os anos fora se passando, as garotas de Flamboyant
foram namorando, casando e tendo filhos, e ela, a infeliz, sempre tinha uma
nova historia para contar.
Aquela ali: deu o golpe do baú, a outra: deu o golpe
da barriga. E quanto mais ela sussurrava contra as outras, mais sua aparência
se modificava, mais sua boca murchava e seu semblante era de escárnio.
Não namorava todos dela se afastavam, mas, mesmo assim
em uma noite, em um dos bailes da cidade, a sociedade de Flamboyant todo
reunida, se achegou a um dos rapazes, estava muito embriagado e como só um
réptil consegue fazer, o envolveu até conseguir deitar com ele e assim
engravidou. Porque todas as garotas da sua idade, já tinham filhos e isso a
matava.
Fez da vida do rapaz um verdadeiro inferno, contratou
um advogado famoso e respeitado e entrou com uma ação de reconhecimento de
paternidade. Foi um escândalo na pequena cidade.
O tal advogado era um homem mais velho, calvo, com a
barriga proeminente, baixinho, só que tinha uma particularidade, era casado com
uma das mulheres mais belas do local. Dona de casa, de uma beleza ímpar,
recatada, e da sociedade. E isso para a criatura era a morte em vida. Deu tanto
em cima do tal advogado, fazia sexo de todas as maneiras possíveis e
inimagináveis, até que se tornou amante. A esposa, não percebeu que seu marido
estava envolvido nas teias da pior caranguejeira e quando se deu conta seu
casamento havia acabado. No velório do advogado, ela surgiu toda de preto, e se
fazendo de esposa sentida, ela e a esposa verdadeira. Foi um acinte para a
sociedade local. Depois continuou plantando discórdia entre as pessoas, falando
mal,achincalhando,distorcendo e sempre só muito só.
Quarenta anos depois, aconteceu uma festa de
confraternização entre os jovens dos anos 70, e veio gente de todos os lugares
do país, era um momento único, de reencontros e saudades plenas. E lá estava
ela, com seus longos cabelos louros, longos e bem tratados, uma verdadeira
rainha sem trono, a fitar com olhos pesarosos as suas “amigas” de adolescência,
todas tão felizes, a dançar pelo salão, umas com seus maridos, outras com seus
filhos, algumas com amigos.
Em sua solidão sórdida, seu pensamento voava célere e
se perguntava:
O que estas horrorosas fizeram para estarem tão
felizes assim?
O que estas coisinhas decadentes têm melhor do que
eu?Nasci de família rica,estudei,sou chique, culta.
A inveja tomava conta de seu rosto, fazia fremir o seu
corpo esquálido e em um esgar silencioso, caiu... e morreu só...ali...no meio
da multidão em festa.
SANDRA,SUA PRESENÇA SENSÍVEL E COMPETENTE MUITO NOS HONRA.
TINA BAU COUTO
Cristina Bautista Belmonte Couto,
nascida em 19 de abril de 1976, em Salvador-Bahia, descendente de espanhóis,
ariana, elétrica e tagarela como a Emília do Sítio do Pica-pau amarelo,
conviveu desde pequena com livros de Monteiro Lobato, Ziraldo e muitos outros.
Na adolescência e vida adulta sempre gostou de ler, escrever, ouvir e contar
histórias. Formada em Letras pela Universidade Católica do Salvador,
intensificou o gosto pela leitura, aprimorou a escrita e através de seu blog
começou a publicar textos, pensamentos e poesias.
Lembro que quando eu
era pequena ,vivia na área dos prédios onde morávamos, pois, estar dentro de
casa era sinônimo de comer, dormir ou estudar. Acordávamos cedo, não porque nos
mandassem, mas a energia sobrava, deve ser porque não tomávamos suco de caixa,
nem comíamos macarrão instantâneo ou pizza no almoço e na janta. Éramos movidos
a pão com queijo, vitamina de banana e feijão com arroz e bife e logo cedo
estávamos fazendo algo sob sol ou chuva.
Não tenho nenhuma
inveja das crianças de hoje, trancadas dentro de casa, sentadas o dia todo
diante de algum eletro-eletrônico. Elas é que deviam ter inveja das nossas
infâncias, já que inveja é um pecado e hoje em dia parece que se corre atrás
dos pecados ao invés de fugir deles. Esse é o meu escolhido para ser usado como
mola de propulsão, alerta, desabafo talvez.
Nossos pais ou avós não
recomendavam desesperados que tivéssemos cuidado a cada saída nossa para descer
a área comum do prédio, comprar o pão, ir no prédio vizinho na casa
dos amigos. Não tínhamos que levar celular, rastreadores, tênis com molas para
jogar bola no play. O mundo não era assim ? ou o mundo éramos nós e nós não
éramos assim?
Eu me recordo que nem
as havaianas eu levava, quanto mais
tênis e o meu pé na volta era digno de. água sanitária para voltar a ficar
branco. Bons tempos!
Os adultos tinham mais
confiança nos pequenos que educavam, fala-se uma só vez e o que era pedido,
sugerido ou mandado, era cumprido, sem mais nem meio mais, sem direitos
humanos, invasão de privacidade, tratados
sobre direitos e deveres. Sim senhora! Não senhora! Não posso! Não vou! Não
quero!
Invejo os pais que dariam
aula a Supernany´s e Opra´s e que não tiveram que argumentar e contra
argumentar, negociar e explicar o que as vezes não é de se explicar, aceitar ou
entender é de se seguir, é de se aprender a obedecer sem questionar, práticas
saudáveis, higiênicas, senso de hierarquia, de coletividade, condutas
religiosas, protocolos e tradições.
Tínhamos muito do
que ainda temos hoje e não listamos como opção de lazer, como hábito, como
visitar os nossos avós, tios, amigos. Não visitar o perfil dele, visitar a pessoa,
abraçar, tomar café, comer bolo, jogar baralho. Entender que é fantástico poder
ir a museus e saber das novidades através da tela do computador, mas não tem a
mesma emoção de estar nos lugares, de ver de perto, sentir, tocar, pisar, se
por em movimento. Praias, praças, cinemas, play´s dos nossos prédios e dos
vizinhos, calçadas. Sentir-se viajando além de além fronteiras, indo em um interior vizinho,
cidade, ilha, casa de praia.
Há uma ansiedade
incontida pela volta as aulas para se ter vida social, queríamos ir para escola
também, não porque aquele era o único convívio social que tínhamos e vale
pontuar, que sendo assim hoje em dia, não pergunte a um estudante o nome de
seus colegas, exceto os 2 ou 3 com quem ele anda, desses talvez ele não saiba
além do face, endereço e telefone, nem a cor favorita, nem tenham marcado nada
nas férias, além de entrar no face.
Eu via as formigas e
borboletas, cachorros, gatos, na rua, por onde eu andava, onde ia e não nos
documentários da TV. As crianças e adolescentes não eram na sua
maioria sisudos e melancólicos, haviam os contemplativos, os inquietos (não
hiperativos), alguns triste com motivos bem claros e definidos, sem traumas ou
crises e o universo e a vida se dividiam em ser criança, adolescente, adulto e
idoso, cada fase uma fase e o universo inteiro dentro de cada uma delas e não
fases estendidas, crianças de toda vida, adolescentes eternos ou velhos desde
pequenos.
Há que se invejar a
vida bem vivida, ter avareza pelo familiares, amigos, natureza e não por
bens e cifras, luxúria emocional para os romances, que seguem sem nome, sem
identidade, sem aprofundamento, ira contra a alienação e a preguiça de pensar,
agir, mudar, vivenciar as estações da vida como as estações do ano, cada
um com sua magia, graça. Vivo hoje a maturidade de outrora com o pecado da
vaidade, do orgulho das memórias e reflexos de minha infância. Eis minha
preocupação com o futuro da nova geração.
TINA BAU COUTO,DA NOVA GERAÇÃO DE ESCRITORES BAIANOS,SEJA BEM VINDA!
VALDECK ALMEIDA DE JESUS
VALDECK
ALMEIDA DE JESUS (1966) é jornalista, funcionário público, editor,
escritor e poeta. Embaixador da Divine Académie
Française des Arts, Lettres et Culture, Embaixador Universal da Paz, Membro
da Academia de Letras do Brasil, Academia de Letras de Jequié, Academia de
Cultura da Bahia, Academia de Letras de Teófilo Otoni, Academia Nevense de
Letras, Ciências e Artes – ANELCA, Poetas del Mundo, Fala Escritor, Confraria
dos Artistas e Poetas pela Paz e da União Brasileira de Escritores. Publicou “Memorial do Inferno: a saga da família
Almeida no Jardim do Éden”, “Feitiço
contra o feiticeiro”, “Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia”, “30 Anos de Poesia”,
“Heartache Poems”, ”Yes, I am gay. So,
what? – Alice in Wonderland”, “O MST e a Mídia: uma análise do discurso sobre o
Movimento dos Sem Terra nos jornais A TARDE online e O Globo online” (co-autor:
Jobson Santana), dentre outros, e
participa de mais de 85 antologias. Organiza e patrocina o Prêmio Literário
Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, desde 2005, o qual já lançou mais de 1000 textos.
Colabora com os sites Favas Contadas, Artigonal, Web Artigos, Recanto das
Letras, Portal Literal, Portal Villas, Pravda, PodCultura, Overmundo,
Comunique-se, Dzaí, Difundir, Jornal do Brasil e Só Artigos. Tem textos
divulgados nas rádios online Sol (Diadema-SP), Raiz Online (Portugal) e CBN
(Globo). Site: www.galinhapulando.com
Mundo Encantado
Faz de conta que o amor existe
Faz de conta que a paz existe
Faz de conta que fadas existem
Faz de conta que solidariedade,
Piedade, Remorso, Traicáo, Mentira,
Abandono, Fidelidade, Deus,
Fim dos Tempos, Democracia,
Neutralidade, Duendes, Papai Noel existem.
Faz de conta que faz de conta existe
E viva, viva, viva
Fazendo de conta que o faz de conta
É só um faz de conta.
Jequié-BA, 30 de dezembro de 2012
Valdeck Almeida de Jesus
VALDECK DE JESUS E DE TODOS OS SANTOS,GRANDE ATIVISTA LITERÁRIO,POETA,EDITOR E ESCRITOR,PRESENTE PELA 2ª VEZ NA NOSSA SELETA.
SEJA BEM VINDO!
ZEZÉ BARCELOS
BIOGRAFIA
FORMADA EM LETRAS CONSIDERO-ME UM SER COMUM,
MINHA INICIAÇÃO NA LITERATURA VEM DE UMA PAIXÃO PELAS LETRAS. PUBLIQUEI VÁRIAS
ANTOLOGIAS PELA EDITORA GUEMANISSE. PREMIADA COM A POESIA NOSSOS VELHOS,
PUBLICADA NA ANTOLOGIA “AS MAIS BELAS POESIAS DO ANO DE 2009” PELA (CBJE).PARTICIPAÇÃO
NO PROJETO DELICATTA III,IV, V, EDITORA SCORTECC E DELICATTA VI EDITORA
DELICATTA APRESENTAÇÃO DE SARAUS NO ITAU CULTURAL,AUTOGRAFOS NA LIVRARIA
CULTURA(SÃO PAULO)- .SITE DE POESIAS. (www.zezebarcelos.recantodasletras.com.br)
LIVRO DE POESIAS SOLO “EMOÇÕES” PUBLICADA EDITORA ABERTA./ LIVROS INFANTIS: “O
MENINO MALTRAPILHO E SEU CÃOZINHO DE LUXO, PELA LITTERIS EDITORA-LANÇADO NA
BIENAL DO LIVRO EM SÂO PAULO 2010 E O MILAGRE DO ANJO AZUL, PELA
LITTERIS-EDITORA LANÇADO NA BIENAL DO LIVRO DE 2011,RIO DE JANEIRO. Livro
“AVENTURAS DA GATINHA MIMI ,,LANÇADA NA BIENAL DE S.PAULO-2012. PARTICIPAÇÃO DE
ANTOLOGIAS NACIONAIS INTERNACIONAIS TESOUROS BRASILEIROS BRASIL-EGITO/PALAVRAS SEM FRONTEIRASI E II BRASIL
ARGENTINA- DESTINOS- PAPO CABEÇA -HISTÓRIAS PARA VOCÊ DORMIR2 .HISTORIAS PARA
VOCÊ DORMIR IV(LANÇAMENTO NA FEIRA DE N.YORK). TÍTULOACADÊMICOS; ACADEMICA DE
ARTES DE CABO FRIO (ARTPOP) ACÂDEMICA CORRESPONDENTE DE VALPARAÍSO-CHILE/ACADÊMICA
EFETIVA DA ACADÊMIA DE ARTES NITEROINSE. TROFÉU DESTAQUE 2011 DA ANBA (ACADEMIA
DE BELAS ARTES) PRÊMIO LITERATURA DESTAQUE
2010. PRÊMIO LITERARTE DE CULTURA 2012. PRÊMIO CLAUDIO COSTA DE :MELHORES
LIVROS INFANTO JUVENIL”PALÁCIO DE CRISTAL-PETRÓPOLIS.
DEGUSTAÇÃO:UM PEDACINHO DO TEXTO DE ZEZE BARCELOS,"A INVEJA E A IRA"
... um outro sentimento que acompanha a inveja é a
Ira ,o ciúme. quando seus objetivos não
são alcançado a ira toma conta de sua vida, chega mesmo a odiar o outro por ser
melhor ,bem sucedido ou mais feliz que ele
Quem tem este sentimento esquece a própria vida em função disso..
Mas como será que poderemos evitar a famigerada inveja e a própria Ira? `somente ter muito amor por si e pelos seus semelhantes
pois o amor supera todos os defeitos para quem tem amor no coração.
BEM VINDA, ZEZE BARCELOS,Á NOSSA SELETA,TRAZENDO SEU TALENTO E ERUDIÇÃO PARA NOSSOS LEITORES.
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